Um menino, uma árvore: representações sociais e repercussões para o ensino de literatura
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Os processos pedagógicos formais que acontecem na escola não estão alijados das condições objetivas dos sujeitos envolvidos e dos discursos que circulam socialmente. Os enunciados que dão materialidade a esses discursos têm, cada vez mais, dado primazia ao indivíduo em detrimento do social e valorizado um “conhecimento útil”. Isso, para a educação, cria, artificialmente, uma cisão entre contexto e aprendizagem e ignora as múltiplas dimensões da vida. Pensando nisso, este ensaio traz algumas reflexões sobre o ensino de literatura na escola pública brasileira, sob a perspectiva da humanização (SAVIANI, 2008; CANDIDO, 1999, 2004). Os apontamentos têm como ponto de partida a análise de uma reportagem veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo. O percurso argumentativo defende a tese de que as condições objetivas dos alunos da rede pública de ensino, a sublimação artificial de desafios coletivos em histórias de superação e de mérito individual e o ultrapragmatismo contemporâneo na pesquisa e nos documentos que balizam a educação colaboram para a valorização do aluno empírico e o apagamento do ser concreto. Por conseguinte, fragilizamse o ensino de literatura, o processo de humanização e a formação de professores.
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