ANÁLISE DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO EM PROFISSIONAIS EMERGENCISTAS EM UMA UNIDADE DO SAMU E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

Resumo:

Introdução: O transtorno de estresse pós-traumático é resultado de uma exposição única ou prolongada a um ou mais eventos estressores. Ao comparar a prevalência de TEPT na sociedade em geral (3%) com a dos profissionais emergencistas que são acometidos com esse transtorno, esse número sobe para 5 a 75%, demonstrando que essa população está mais suscetível a desenvolver quadros de reações disfuncionais intensas, já que estão frequentemente expostos a situações de risco. Objetivo: Analisar o TEPT em profissionais emergencistas no SAMU em Imperatriz/MA e as estratégias de intervenção que poderiam auxiliá-los. Metodologia: Foi realizado um estudo analítico e transversal de abordagem quantitativa, contemplando eventos potencialmente estressores associados às ocorrências as quais os profissionais são diariamente expostos com o intuito de analisar os fatores associados ao desenvolvimento de TEPT e as medidas de enfrentamento. Resultados e Discussão: A amostra foi composta por emergencistas com média de idade de 41 anos, sendo 58,3% do sexo masculino, além do tempo de atuação na área variando entre 3 meses e 22 anos, com média de 9,8 anos. Baseado na classificação do escore geral da IES - R, 46 entrevistados não possuíam sintomas compatíveis com os critérios indicativos de TEPT (76,7%), 4 profissionais apresentaram pontuação correspondente a um baixo risco (6,7%) e 10 profissionais apresentaram pontuação igual ou maior que o limiar para o indicativo de TEPT, o que confere alto risco (16,7%). Conclusão: Observou-se que ocorrências com óbito ou quase óbito e com pacientes psiquiátricos ou sob efeito de drogas/álcool são as mais frequentes, o que demonstra que a carga estressora é elevada. Ademais, o uso da estratégia do CISD poderia auxiliar os profissionais a enfrentarem o estresse, bem como melhoraria a performance individual e em equipe durante as ocorrências.