A configuração epistemológica do coleccionismo moderno (século XV-XVIII)
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RESUMO: O factor de individualização associado a espaços específicos, onde a Modernidade concentrou a operatividade científica e artística permite uma abordagem do tema por um ângulo paralelo e não menos significativo, entre o século XVI e o século XVIII. Na verdade, os perfis relativos às personalidades eram acompanhados pelos elementos atribuídos a lugares intrínsecos, de tal modo que a presença de ateliers! e de gabinetes facultam uma outra medida para aferir o modo como o cientista? o artista e o coleccionador” estavam situados socialmente. Diga-se, pois, que a lógica orientadora das regras para a representação das personagens presidia igualmente à definição autónoma dos seus cenários de actuação. Havendo circunstâncias ainda pouco definidas e por isso mesmo intermédias, não surpreende que coubesse ao coleccionador, à colecção de curiosidades e aos Gabinetes de Curiosidade, um lugar de charneira no conjunto: as maravilhas e as intencionalidades projectadas nas paredes e no mobiliário estabeleceram a ponte entre o lugar onde o cientista produzia e o lugar onde o pintor operava. Razão acrescentada para que os Gabinetes de Curiosidades viessem a originar, sequencialmente, o Gabinete de História Natural e o Museu de História Natural, por um lado. Como os mesmos Gabinetes de Curiosidades viessem a acompanhar a sequência entre o Atelier do Artista ou o Gabinete do Artista, a dar o Gabinete de Arte e o Museu de Arte, por outro lado.
Palavras-chave: colecionismo moderno; museu de História Natural; museu de arte; epistemologia do colecionismo.
THE EPISTEMOLOGICAL CONFIGURATION OF MODERN COLLECTIONISM (15TH-18TH CENTURIES)
Abstract: The individualization factor associated with specific spaces where Modernity concentrated scientific and artistic operations allows the topic to be approached from a parallel and no Jess significant angle, between the 15th and 18” century. Actually the profiles of personalities were accompanied by the elements assigned to intrinsic places, so that the presence of ateliers? and cabinets allow another measure in order to find out how a scientist, artist and collector were situated socially. It should therefore be said that the guiding logic of rules for the representation of characters likewise ruled the autonomous definition of their action scenarios. Since there are still ill-defined circumstances, which are therefore intermediate, it is hardly surprising that the collector, the collection of curios and the Curio Cabinets had a central place in the whole: the marvels and intentions projected on to the walls and the furniture established the place where the scientist produced and that where the painter operated. This is an additional reason why Curio Cabinets gave rise, in sequence, to the Natural History Cabinet and the Natural History Museum, on the one hand. Just as the same Curio Cabinets, on the other hand, accompanied the sequence between the Artist's Studio (Atelier) or the Artist's Cabinet, and ultimately the Art Cabinet and the Art Museum, on the other hand. Key words: modern collectionism; Natural History Museum; Art Museum; epistemology of collectionism.
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