GERONTOLOGIA X GERIATRIA: AVALIAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO

O avanço da medicina veterinária aumentou significativamente a expectativa de vida dos animais de companhia. Pesquisas mostraram que cães de porte pequeno passaram de 9 para 18 anos e gatos passaram a viver 20 anos. Em consequência, a geriatria veterinária tornou‑se área em expansão e procura para melhorias na qualidade de vida do paciente. O envelhecimento é um processo biológico complexo caracterizado por alterações progressivas nos sistemas fisiológicos que reduzem a capacidade de homeostase. Não é sinônimo de doença: animais idosos podem permanecer saudáveis nas condições basais. O envelhecimento causa involução morfológica e funcional, com diminuição do metabolismo, perda de massa muscular e óssea, acúmulo de gordura, alterações de pele e unhas e redução da imunocompetência. Fatores genéticos, ambientais e nutricionais modulam a velocidade do processo; raças pequenas vivem mais que raças grandes e animais obesos têm expectativa de vida menor. Com a idade ocorre diminuição das funções cardíacas, respiratórias e do sistema nervoso, levando a maior susceptibilidade a infecções e neoplasias. Entre as doenças mais frequentes em cães e gatos geriatras destacam‑se cardiopatias, hepatopatias, catarata, diabetes mellitus e neoplasias mamárias; frequentemente ocorrem simultaneamente e exigem abordagem multidisciplinar. O aumento de pacientes geriátricos exige que médicos e tutores adotem programas de saúde proativos que incluam check‑ups anuais, nutrição adequada, vacinação, exercícios moderados e cuidados odontológicos. A abordagem geriátrica não se restringe ao tratamento de patologias; envolve adaptar o ambiente, promover conforto, aliviar dor e preservar o vínculo familiar para garantir bem‑estar na fase final da vida.