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CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA GESTÃO DE RISCO NO IFRO

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CURSO PARA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA GESTÃO DE RISCO NO IFRO

 

 

 

Organização: Instituto Federal de Rondônia (IFRO).

Discente: Luciana Bandeira de Souza. (Turma 2022).

Docente orientadora: Dra. Juliana Baptista dos Santos França

Dissertação: Em busca de parâmetros para a medição da maturidade da Gestão de Riscos no IFRO.

Data da defesa: 17/05/2024.

Setor beneficiado com o projeto de pesquisa, realizado no âmbito do programa de mestrado: Administração superior do IFRO

Classificação[1]: Produção com médio teor inovativo (combinação de conhecimentos pré-estabelecidos).

 

 

RESUMO:

 

A proposta de capacitação em gestão de riscos através do projeto pedagógico de curso (PPC) de governança, controle interno, gestão de riscos e aplicação da avaliação de maturidade para aperfeiçoar as práticas existentes, surgiu a partir de um estudo com objetivo de criar apontamentos que favorecem a adaptação do modelo do TCU à área de ensino do IFRO, sendo uma extensão do sendo o resultado da dissertação “EM BUSCA DE PARÂMETROS PARA A MEDIÇÃO DA MATURIDADE DA GESTÃO DE RISCOS NO IFRO”, cumprindo o objetivo de construir uma proposta de projeto pedagógico de curso (PPC) de Noções Básicas de Gestão de Riscos para a capacitação de gerenciamento de riscos seguindo os parâmetros propostos para avaliação de maturidade. Empregando uma abordagem conceitual, assim se sintetiza modelos de maturidade, critérios de seleção, desafios e coleta de dados, para sustentar a avaliação da maturidade em gestão de riscos por meio de abordagens qualitativas e de estudo de caso, resultando assim a proposta pedagógica com o design de um curso que enriquece o conhecimento dos participantes nesse processo, promovendo a importância desse tema para a governança pública e assegurar a continuidade das ações e maximizar o potencial das práticas de gestão de riscos, de acordo com o cenário identificado por meio da coleta de dados. A capacitação, promove a integração da gestão de riscos com a estratégia da governança pública para enriquecer o conhecimento dos servidores envolvidos no processo e aumentar a qualidade dos trabalhos realizados. O Produto Técnico Tecnológico (PTT) possui aderência à Linha de Pesquisa – Gestão de Processos, Projetos e Tecnologias nas Organizações do Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Estratégia (PPGE), bem como ao Projeto de Pesquisa "Gestão de projetos, processos e soluções tecnológicas inovadoras". Nesse contexto, o curso possui alta aplicabilidade uma vez que pode ser aplicado em outras institutos e instituições de ensino superior. Além disto, possui impacto alto em diferentes esferas, que vão do âmbito acadêmico ao âmbito administrativo. Este PTT pode ser classificado como uma inovação de médio teor, na medida em que combina conhecimentos pré-existente e consolida a análise de risco como prática no IFRO.

 

 

Palavras-chave: Gestão de Riscos, Avaliação da gestão de riscos, Capacitação técnica.  

 

 

1. Contexto em que se apresenta o produto

 

O cenário analisado foi a compreensão dos servidores do eixo do ensino em gestão de riscos conforme apresentado do quadro de entrevistas, que permitiu identificar essa fragilidade. Logo, o “curso de capacitação para gestão de risco no IFRO” é essencial para maximizar essa oportunidade da gestão, que ao identificar esses pontos críticos em contraposição ao aprimoramento e desenvolvimento institucional, obstruindo os objetivos de um bom e eficaz gerenciamento de riscos o que é primordial para o alcance de qualidade expressiva.

A gestão de riscos na administração auxilia a gestão e na minimização dos impactos nos objetivos, permitindo a transparência nos processos e na utilização dos recursos públicos. O processo é abrangente e passa por várias etapas, desde a definição do contexto até a análise crítica, monitoramento das ações e avaliação do nível de maturidade (TCU, 2018).

Ao mitigar os riscos, obtém-se uma ferramenta eficaz que deve auxiliar na gestão (IBGC, 2017), pois revela tanto os pontos fortes como as vulnerabilidades da organização, sendo fundamental na tomada de decisões diante dos cenários apresentados, contribuindo para a resiliência na redução dos riscos (Cedergren; Hassel; Tehler, 2022).

Assim, se o processo não cumpre a estratégia de gerenciamento de riscos ele se torna superficial, dificultando a confiança da sociedade e subsidiar a tomada de decisão, por isso a necessidade de se ter uma avaliação de maturidade de gestão de riscos que preza justamente por identificar se este processo estratégico está alcançando o seu objetivo de dar suporte a gestão, dar transparência aos cidadãos além da economicidade dos recursos públicos.

Ao perceber a importância da medição da maturidade da gestão de riscos, os gestores podem compreender melhor em que nível estão em diferentes dimensões, aumentando suas chances de sucesso na aplicação eficaz desse acompanhamento de riscos (García; Moreta, 2018). Para aprimorar as práticas de gestão de riscos na administração pública, é essencial implementar técnicas específicas; um modelo de maturidade bem estruturado é uma melhoria que orienta a busca pela excelência em diversos campos, visando aperfeiçoar as melhores práticas disponíveis para a administração pública.

Visto que fornece uma orientação clara, reunindo informações relevantes que guiam os gestores, interpretando conhecimentos e práticas para melhorar a organização (Głuszek, 2021). Assim, o aprimoramento do gerenciamento de riscos é primordial para a organização determinar sua maturidade. No Brasil, há conceitos e técnicas para mensurar a maturidade da gestão de riscos, como o modelo de avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), utilizado nesta pesquisa para orientar a busca pelo nível desejado, alinhando-o à instituição, cultura organizacional, modelo de gestão e práticas.

Durante a evolução das ações, a avaliação de maturidade não atinge seu potencial total, dificultando o suporte real e aprimoramento no desenvolvimento das práticas de gestão de riscos (Vianna, 2021). Portanto, é essencial personalizar a avaliação para que a análise dos dados resulte em decisões adequadas de acordo com os cenários apresentados.

O IFRO possui uma política de gestão de riscos que conta com comitês que atuam na segunda linha de defesa de forma executiva, promovendo a adoção de práticas e padrões de conduta no gerenciamento de riscos. São 37 servidores membros deste Comitê, considerados alta gestão, participam definindo os limites de tolerância aos riscos identificados, aprovando o mapa de riscos, planos de ação e relatórios de riscos das unidades. A estrutura de gestão de riscos do IFRO abrange as três linhas de defesa, possibilitando uma comunicação eficaz entre as partes envolvidas.

De acordo com o Decreto 9.203/2017 Art.º 17 inciso IV, os resultados da gestão de riscos são utilizados para apoiar a melhoria contínua do desempenho e dos processos de gerenciamento de risco, controle e governança. Em busca desse apoio nas tomadas de decisões, o IFRO possui uma estrutura organizacional em suas unidades, onde cada unidade tem um membro do comitê técnico responsável por disseminar a gestão de riscos, supervisionar e acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos locais. Estes membros atuam majoritariamente na primeira linha de defesa.

A partir da constituição das comissões mencionadas, os servidores participaram de capacitações e iniciaram a identificação de riscos, formulação da política utilizando técnicas e ferramentas baseadas no COSO (Gestão de Riscos Corporativos), IIA 2013 (As Três Linhas de Defesa na gestão eficaz de riscos e controles) e outras metodologias e manuais fornecidos pelos órgãos de controle federais.

Esses conhecimentos devem ser desenvolvidos por meio de ações planejadas de capacitação, a fim de mantê-los atualizados e aperfeiçoar cada vez mais a estratégia. Além disso, a entrada de novos servidores inexperientes requer esses conhecimentos, e a curva de aprendizado é bastante relativa.

Os servidores realizaram formulação de fluxos dos processos e mapearam os riscos de acordo com os objetivos descritos no mapa estratégico, validando posteriormente essas ações e concluindo com a elaboração de relatórios, os quais são revisados pelo comitê e resultam em um relatório trimestral das ações realizadas pelo Instituto, disponibilizado em um painel de riscos online, permitindo o acompanhamento conforme as deliberações tomadas.

Com a levantamento dessas e outras informações foi possível estabelecer diretrizes para aprimorar o modelo do TCU (2017) com foco na área educacional, alcança-se a integração da gestão de riscos no IFRO com a estratégia da instituição, possibilitando assim a oferta de um guia para sua customização um produto do quadro 2, validado pelos participantes, os gestores entrevistados,  que fizeram observações que contribuem para aprovação da necessidade de capacitação como meio essencial nesse processo, que resultou na proposta pedagógica com o design de um curso que enriquece o conhecimento dos participantes nesse processo, promovendo a importância desse tema, gerenciamento de riscos, vital para a governança e cruciais para executar a estratégia e alcançar os objetivos organizacionais.

 

2. Diagnóstico e Desenvolvimento do PTT

 

O IFRO ainda não possui um curso para os servidores de elaboração própria, segundo suas necessidades em gestão de riscos. Este PTT apresenta o resumo de coleta de dados resumida em forma de um projeto pedagógico de curso para apoiar a aplicação da avaliação de maturidade em gestão de riscos no IFRO.

Esta proposta de PPC, Gestão de Riscos na área de Ensino do IFRO, com o conteúdo programático, Governança Pública; Processo de Gestão de Riscos; Controles Internos e o Roteiro de Avaliação de Maturidade da Gestão de Riscos-TCU, para aperfeiçoar as práticas existentes possui uma carga horária de 60 horas e com certificação, o curso na modalidade de ensino à distância, sem tutoria tem como público alvo servidores efetivos do IFRO da área de Ensino.

O objetivos geral propõe, capacitar os servidores sobre a Gestão de Riscos e Controles Internos em todas as atividades relacionadas ao IFRO para a execução da estratégia e o atingimento dos objetivos organizacionais, explicando a parte do funcionamento formal, com um olhar voltado para a realidade em que estamos e as ações que executamos diariamente, disseminando assim a cultura da gestão de riscos em todos os ambientes do Instituto, obtendo resultados que auxiliem em uma melhoria contínua, sendo um apoio real a gestão. Discutir a aplicação de casos teórico-práticos envolvendo instituições análogas que realizam a gestão de riscos. Preparando os participantes para lidarem melhor com as atividades que possuem riscos reais para o alcance dos objetivos. Dar conhecimento do Roteiro de Avaliação de Maturidade da Gestão de Riscos-TCU que auxilia e direciona a realização da gestão de riscos.

Como objetivo principal é que todos entendam a sua parcela de contribuição na gestão de risco do IFRO, assim o desenvolvimento consistiu em três etapas que possibilitou a análise do conhecimento teórico sobre gestão de riscos juntamente com a abordagem de modelos de maturidade em diversas organizações ou processos e o levantamento dos dados institucionais da área da educação e o gerenciamento de riscos no instituto.

As entrevistas foram conduzidas semiestruturadas, permitindo uma abordagem mais abrangente ao entrevistado que são os servidores, gestores educacionais e os responsáveis pelo planejamento e controle interno do IFRO, aprimorando a compreensão da gestão de riscos neste campo o que expos dentro das temáticas a escassez do conhecimento sobre o tema e sua real utilização. A experiência dos servidores demonstrou forte competência técnica e contribuições significativas para a elaboração do PPC.

A seleção do modelo TCU foi baseada no conhecimento de gestão de riscos no IFRO, no referencial teórico e nas contribuições de especialistas na área, o estudo aprofundou informações sobre o modelo do TCU o que permitiu sugestões para melhorar os critérios de avaliação. A escolha da área de ensino foi feita com a recomendação de um professor especialista, afunilando ainda mais o tema da pesquisa e identificando os desafios específicos desse setor. Essa decisão influenciou a seleção dos participantes com conexão com a área, não se limitando à Diretoria de Planejamento (DPLAN), responsável pela gestão de riscos. Os participantes escolhidos incluíram os diretores de ensino atuantes ou não, bem como membros da diretoria de planejamento e controle interno de um campus do IFRO.

Ao correlacionar os dados obtidos com a síntese da entrevista, percebe-se a necessidade de aprofundar a compreensão sobre o tema, assim a apresentação do produto item 14.1 como proposta de um Projeto Pedagógico de Curso (PPC) com base nas informações coletadas e na percepção das necessidades identificadas ao longo da pesquisa, que inclui o conteúdo programático como Governança Pública; Processo de Gestão de Riscos; Controles Internos e Roteiro de Avaliação de Maturidade da Gestão de Riscos-TCU.

 

3. Aderência

 

O PTT está alinhado com a linha de pesquisa GESTÃO DE PROCESSOS, PROJETOS, E TECNOLOGIAS NAS ORGANIZAÇÕES e o projeto de pesquisa. Isso sugere que o PTT é relevante e aplicável a esse campo de estudo, o que pode torná-lo importante para a comunidade acadêmica e profissional na área de administração e afins. Desta forma, o produto se insere no contexto da Administração Pública, uma vez que a pesquisa foi realizada na área de ensino em um órgão federal de educação e encontra aderência por auxiliar gestores da educação.

 

4. Impacto

 

Assegurar a continuidade das ações e maximizar o potencial das práticas de gestão de riscos, de acordo com o cenário identificado por meio da coleta de dados. A capacitação, promove a integração da gestão de riscos com a estratégia da governança pública para enriquecer o conhecimento dos servidores envolvidos no processo e aumentar a qualidade dos trabalhos realizados. Desta forma, o “curso de capacitação para gestão de risco no IFRO” possui um alto impacto potencial no momento, mas já se encontra a disposição da administração superior do instituto para análise de viabilidade de implantação.

 

5. Aplicabilidade

 

O PPC apresentado tem a facilidade de replicação para outros institutos ou órgãos da administração pública por se tratar de um projeto com especificações claras de conteúdo, divisão da carga horária, meio do curso apresentando como na modalidade de ensino à distância, sem tutoria.

 

6. Inovação

 

Média - trata do uso, de forma estilizada, de conhecimento pré-estabelecido, este PTT apresenta o resumo de coleta de dados resumida em forma de um projeto pedagógico de curso para apoiar a aplicação da avaliação de maturidade em gestão de riscos no IFRO, a partir das informações obtidas da entrevista.

 

 

 

7. Complexidade

 

Complexidade: Média(o). Elaboração segundo os dados coletados, necessitando de capacidade técnica, segundo compreensão da elaboração do projeto pedagógico de curso segunda as bases apresentadas na dissertação.

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