Versos de impulso ; Versos de pulso
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Description
Se esses versos-dispersos emergiram de pulso a impulso, então, não são percursos de significantes isolados porque cada pulsar fez-se impulsor de um significado pulsante de corpos dantes paralisados por referências fossilizadas e petrificadas.
Se são das imagens as palavras e se as palavras são das imagens, portanto, as duas, palavra e imagem dizem muito mais através de versos-dispersos, o que deixa a desejar porque desejo que se preza vem à tona para dilacerar sentidos diversos mesmo que dispersos, mas se o desejo imbrincar-se apenas em vias de despejos memoriais
não tem sentido existir, embora esse desejo mumificado lute para co-existir porque é mister arranhar-se em ranhuras da lida do dia a dia no que foi e no que virá.
Os versos de impulso são multidões e dizem mais do que suas pulsações significativas em sinônimos cujos pulsos pulsam além de sua pressa ou vagareza diante das coisas que compõem ou decompõem a cadeia significativa da vida que há em cada coisa de cada coisa já coisificada ou não.
Versos de Impulso e pulso, traduzem a revelação de um corpo ora móvel, ora inerte de versos-dispersos entre si que se desencontram e que suam duro para fazer soar significâncias úteis e que por isto podem dilacerar-se em versos de impulso, em abundância, sem planejamento.
Se ruins ou bons, não importa, são versos e versos vivem por si sós mesmo que combinem com seus pares para se constituir enquanto poesia ou enquanto poema.
Já a lógica que movimenta os signos de Versos de Impulso e pulso desdiz e confirma a criação nessa via de mão dupla que impactua-se com um olhar que não é pré-elaborado e crítico que vai e vem na gangorra literária do manual das tradições.
Por isso mesmo, não seria apenas um percurso que daria a face a bater ao livro para a partir daí doar os dois lados da mesma moeda em lamentos oriundos de escritas e oralidades.
Versos de Impulso e Pulso traduzem duas moedas para uma mesma face porque interpreta a desconstrução de um percurso prestes a distanciar a matéria inteligível do material visível que compõe a coisa implícita na coisa explícita que cada coisa significa em cada coisa do mundo de cada coisa.
Sobre as imagens que ilustram os livros, talvez almejem, em sua ingenuidade técnica, passear, no mínimo, por um dos 3 paradigmas apontados por santaealla e north em seus “modelos ou divisões, cada qual com suas características técnicas, teóricas e práticas”.
Para ambos, “a ideia é clara: a imagem como tudo que envolve o homem, evolui”.
Todos os versos-dispersos que compõem esses percursos de impulsos a pulso verberizam os sentidos inversos e avessos e por mais dispersos que os versos sejam entre si, foram esses versos-dispersos-inversos-avessos os geradores do caos que disseminou certa des-ordem na incerta des-construção das des-significações que compõem o universo da partitura e da gramatologia que desencantam ou encantam a ilusão significativa da realidade vivida e morrida por cada ser que caminha por cada verso.
Portanto, as imagens que ilustram os livros são frutos de experimentos de minha mais ingênua artisticidade.
Elas são de sangue, suor e choro porque nasceram num momento de desmanches humanos, num momento em que a vida que me deu vida estava morrendo bem a meu lado, por isso, surgiram da infantilidade artística de uma criatividade ainda tenra. Peço perdão aos pintores de casas, de telas, de panos e de papéis pela minha ousadia de
misturar cores e coisas, peço perdão aos poetas, de vozes e escritas, de bandeiras a barros, pela minha teimosia com as palavras.
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