Marcas de sexualidade: a aplicabilidade da didática sensível em aulas de biologia para integração de aspectos cognitivos e límbicos

Compreender a própria sexualidade é uma tarefa muito difícil, o que dirá
compreender e se fazer entender a sexualidade do outro. Nesse contexto
levantamos a seguinte questão: Como a didática sensível pode contribuir na
elaboração de aulas de biologia com temas em sexualidade? Definiu-se como
objetivo compreender a aplicação da didática sensível para abordar e debater o
tema sexualidade de forma menos complexa na sala de aula. Para isso, foi
desenvolvida uma pesquisa qualitativa-descritiva, por meio de uma intervenção
didática com 36 estudantes da 3a série do ensino médio da educação básica do
município de Vitória da Conquista – Bahia (Brasil). Empregou-se uma roda de
leitura, abordando relatos de casos reais de crimes sexuais juvenis. Os dados
expressões de opiniões dos alunos foram submetidos à análise de conteúdo
descrita por Laurence Bardin, destacando as categorias: (1) Incompreensão social
e por pares; (2) Patriarcado e heteronormatividade; e (3) Papel familiar.
Identificou-se que a didática sensível atua como um catalisador das emoções,
fazendo uso de imaginação, curiosidade, motivação, e sentimentos como o sentir,
o pensar e o agir, tornando a experiência intrínseca e contribuindo com o
aprendizado, integrado com aspectos cognitivos e límbicos que categorizam o
indivíduo como cérebro, corpo e emoções.