Published December 12, 2016 | Version v1
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Access to and use of high blood pressure medications in Brazil

  • 1. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, Brasil
  • 2. Departamento de Medicina Social. Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, RS, Brasi
  • 3. Departamento de Medicina Preventiva. Escola Paulista de Medicina. Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil
  • 4. Departamento de Ciências Farmacêuticas. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil
  • 5. Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • 6. Departamento de Farmácia. Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade de Brasília. Brasília, DF, Brasil
  • 7. Departamento de Farmácia. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil
  • 8. Departamento de Produção e Controle de Medicamentos. Faculdade de Farmácia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, Brasil

Description

OBJECTIVE: To analyze the access to and use of medicines for high blood pressure among the Brazilian population according to social and demographic conditions.

METHODS: Analysis of data from Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM – National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), a nationwide cross-sectional, population-based study, with probability sampling, carried out between September 2013 and February 2014 in urban households in the five Brazilian regions. The study evaluated the access and use of medicines to treat people with high blood pressure. The independent variables were gender, age, socioeconomic status and Brazilian region. The study also described the most commonly used drugs and the percentage of people treated with one, two, three or more drugs. Point estimations and confidence intervals were calculated considering the sample weights and sample complex plan.

RESULTS: Prevalence of high blood pressure was 23.7% (95%CI 22.8–24.6). Regarding people with this condition, 93.8% (95%CI 92.8–94.8) had indication for drug therapy and, of those, 94.6% (95%CI 93.5–95.5) were using the medication at the time of interview. Full access to medicines was 97.9% (95%CI 97.3–98.4); partial access, 1.9% (95%CI 1.4–2.4); and no access, 0.2% (95%CI 0.1–0.4). The medication used to treat high blood pressure, 56.0% (95%CI 52.6–59.2) were obtained from SUS (Brazilian Unified Health System), 16.0% (95%CI 14.3–17.9) from Popular Pharmacy Program, 25.7% (95%CI 23.4–28.2) were paid for by the patients themselves and 2.3% (95%CI 1.8–2.9) were obtained from other locations. The five most commonly used drugs were, in descending order, hydrochlorothiazide, losartan, captopril, enalapril and atenolol. Of the total number of patients on treatment, 36.1% (95%CI 34.1–37.1) were using two medicines and 13.5% (95%CI 12.3–14.9) used three or more.

CONCLUSIONS: Access to medicines for the treatment of high blood pressure may be considered high and many of them are available free of charge. The most commonly used drugs are among those recommended as first-line treatment for high blood pressure control. The percentage of people using more than one drug seems to follow the behavior observed in other countries.

Abstract (Portuguese)

OBJETIVO: Analisar o acesso e a utilização de medicamentos para a hipertensão na população brasileira segundo condições sociais e demográficas.

MÉTODOS: Análise dos dados da Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos, estudo nacional de delineamento transversal de base populacional, com amostra probabilística, realizado entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 em domicílios urbanos nas cinco regiões do Brasil. Avaliou-se o uso e acesso aos medicamentos para os cuidados com pessoas que apresentam hipertensão arterial. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, idade, nível socioeconômico e região do País. Também foram descritos os fármacos mais utilizados e a proporção de pessoas tratadas com um, dois, três ou mais fármacos. As estimativas de ponto e os intervalos de confiança foram calculados considerando os pesos amostrais e o plano complexo da amostra.

RESULTADOS: A prevalência de hipertensão arterial foi de 23,7% (IC95% 22,8–24,6). Das pessoas com a condição, 93,8% (IC95% 92,8–94,8) tinham indicação de tratamento com medicamentos e, destes, 94,6% (IC95% 93,5–95,5) estavam usando os medicamentos no momento da entrevista. O acesso total aos medicamentos foi de 97,9% (IC95% 97,3–98,4); o acesso parcial, de 1,9% (IC95% 1,4–2,4); e o acesso nulo, de 0,2% (IC95% 0,1–0,4). Dos medicamentos utilizados para tratar a hipertensão, 56,0% (IC95% 52,6–59,2) foram obtidos no SUS, 16,0% (IC95% 14,3–17,9), no Programa Farmácia Popular, 25,7% (IC95% 23,4–28,2) pago do próprio bolso e 2,3% (IC95% 1,8–2,9) em outros locais. Os cinco fármacos mais utilizados foram, em ordem descrente, hidroclorotiazida, losartana, captopril, enalapril e atenolol. Do total de tratados, 36,1% (IC95% 34,1–37,1) estavam usando dois fármacos e 13,5% (IC95% 12,3–14,9) utilizavam três ou mais fármacos.

CONCLUSÕES: O acesso aos medicamentos para tratamento da hipertensão pode ser considerado elevado e grande parte desses medicamentos é obtida gratuitamente. Os fármacos mais utilizados estão entre os preconizados como de primeira linha para o controle de hipertensão arterial. A proporção de pessoas utilizando mais de um fármaco parece seguir o comportamento observado em outros países.

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Additional details

References

  • MENGUE, SOTERO SERRATE ; BERTOLDI, ANDRÉA DÂMASO ; RAMOS, LUIZ ROBERTO ; Farias, Mareni Rocha ; OLIVEIRA, MARIA AUXILIADORA ; TAVARES, NOEMIA URRUTH LEÃO ; ARRAIS, PAULO SERGIO DOURADO ; LUIZA, VERA LUCIA ; PIZZOL, TATIANE DA SILVA DAL . Access to and use of high blood pressure medications in Brazil. Revista de Saúde Pública (Online), v. 50, p. 8s, 2016.