Da organização do sistema à fragmentação do cuidado: a percepção de usuários, médicos e farmacêuticos sobre o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica
Creators
- 1. Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Ciências Farmacêuticas. Florianópolis-SC, Brasil
- 2. Universidade Federal de Santa Catarina, Pós-Graduação em Farmácia. Florianópolis-SC, Brasil
Description
O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) do Sistema Único de Saúde tem como objetivo garantir a integralidade do tratamento medicamentoso em nível ambulatorial. Visando analisar a percepção dos atores envolvidos sobre o Componente, foi realizada pesquisa qualitativa (grupo focal e entrevistas semiestruturadas). Observou-se que há forte dependência do CEAF em relação às outras ações estruturantes na política de saúde. Segundo os atores, a forma de organização e gestão dos serviços não propicia a continuidade da atenção, o que resulta em um cuidado fragmentado. Destacaram-se fatores como falta de articulação entre serviços e profissionais, problemas na organização dos fluxos e oferta insuficiente de serviços. Ainda o foco dos serviços farmacêuticos no medicamento, ou seja, visão minimalista da assistência farmacêutica, tem impactado de diferentes formas no cuidado ao usuário. É necessária a coordenação dos serviços adequados às necessidades em saúde, que deve se traduzir na percepção de continuidade dos cuidados na perspectiva do usuário. Desta forma, o entendimento é: o medicamento tem sido garantido, mas a integralidade do atendimento preconizada nas linhas de cuidado se vê comprometida.
Files
400846676017.pdf
Files
(188.6 kB)
Name | Size | Download all |
---|---|---|
md5:148ce631c98eda1e8d06942d2a606465
|
188.6 kB | Preview Download |
Additional details
Identifiers
Dates
- Other
-
2014-12-15Received
References
- ROVER, Marina Raijche Mattozo et al. Da organização do sistema à fragmentação do cuidado: a percepção de usuários, médicos e farmacêuticos sobre o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 26, p. 691-711, 2016.