Políticas e Pedagogias produzidas pelo Teatro de Cultura Popular

O presente artigo é um estrato de minha dissertação de mestrado, no capitulo que se refere às políticas e pedagogias materializadas pelo Teatro de Cultura Popular[1], se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica e traz algumas reflexões acerca da intervenção pedagógica, que engloba um manancial de políticas e pedagogias realizadas pelo grupo do Teatro de Cultura Popular do Movimento de Cultura Popular, por intermédio do processo de rompimento com os paradigmas educacionais tradicionais vigentes e a construção de uma nova ordem para a cidade do Recife, entre 1960 a 1964. Buscarei trazer para a contemporaneidade a efervescência, o discurso, os conceitos deste Movimento alicerçado nas relações humanas que estão intrincadas com o empoderamento do bem cultural e da alfabetização do homem e da mulher do Recife. Nesse sentido, o Ensino da Arte é um importante meio, pois é a representação sócio-político-estético-cultural da realidade, produzida individual e coletivamente. Diante da necessidade de se comunicar e se expressar, o ser humano foi descobrindo e utilizando diversos meios: a fala, o desenho, a escrita, o som, o gesto, o movimento do corpo, tornando-os forma de expressão e, consequentemente, em linguagem artística. Portanto, podemos entender a arte, da maneira que aqui expomos, como construção simbólica e estética, compondo-se de um sistema de signos que se articulam de acordo com as especificidades de cada linguagem. Desta forma, aprender artes hoje envolve, simultaneamente, a vivência da sensibilidade (exploração dos diversos sentidos), da atividade intelectual (construção cognitiva e estética) e das habilidades físicas (procedimentos técnicos), o que colabora para a organização articulada do pensar e agir, que influi no processo de aprendizagem e integração social do ser humano.