Identidades linguísticas e resistências cotidianas de mulheres migrantes no Brasil
- 1. Doutoranda e mestra em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com bolsa CAPES/ProEx. É especialista em Cidadania e Direitos Humanos no Contexto das Políticas Públicas pela PUC Minas e graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela UFMG. Integra o Cio da Terra - Coletivo de Mulheres Migrantes.
- 2. Doutoranda em Linguística Aplicada e mestre em Linguística do Texto e do Discurso pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Graduada em Letras – Licenciatura Português/Francês pela mesma instituição, fez parte de seus estudos de graduação na Université Sorbonne Nouvelle – Paris III. Atua como professora de Francês como Língua Estrangeira e de Português como Língua de Acolhimento, sendo idealizadora, professora e coordenadora do Curso de PLAc para Mulheres do Coletivo de Mulheres Migrantes – Cio da Terra.
- 3. Doutoranda e mestre em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e bacharel em Letras pela Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA). Atua como professora de espanhol e Português Língua Adicional e de Acolhimento (PLA/PLAc). Também é professora voluntária do Curso de PLAc para Mulheres do Coletivo de Mulheres Migrantes – Cio da Terra.
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RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de discorrer sobre as resistências cotidianas, particularmente vinculadas à língua e à linguagem, adotadas por mulheres migrantes no Brasil. Entendendo o papel das interações e das trocas intersubjetivas para os processos de construção de identidades dos sujeitos, o artigo busca refletir sobre como essas mulheres resistem a quadros interseccionais de opressão, silenciamentos e violências. O estudo baseia-se em análises linguístico-discursivas de relatos de mulheres migrantes, nas contribuições de teóricas feministas e nas noções de identidade linguística e cultural. Esperamos, desse modo, expor como essas formas de resistência se desenvolvem frente aos desafios que o domínio de uma determinada língua representa para as vivências das pessoas, e se estende, até mesmo, para o nível de interações sociais mais complexas, que envolvem o reconhecimento das diferentes relações de poder e a tomada de posição frente a elas.
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