OS RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO E A NECESSIDADE DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA NO USO DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
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A utilização de medicamentos é uma necessidade que acompanha a evolução humana, pois, desde a antiguidade a procura pela cura de enfermidades era uma necessidade de sobrevivência. Levando em consideração a evolução da medicina e da farmacologia é possível compreender o papel dos medicamentos na sociedade atual, visando a prevenção e o tratamento de doenças (SILVA; ALVIM, 2020).
Neste sentido, todo o processo de evolução da indústria farmacêutica fortaleceu a percepção da necessidade e dos benefícios da atuação do farmacêutico na orientação de pacientes, manipulação de fármacos e dentre tantas outras áreas de atuação deste profissional. Por outro lado, o surgimento dos medicamentos isentos de prescrição – MIPs, marcam a história da indústria farmacêutica ao permitir que os usuários tenham acesso a compra de fármacos sem a necessidade de uma receita médica (MACIEL FILHO, 2018).
A concepção de que a sociedade estava preparada para realizar a automedicação está diretamente ligada ao crescimento do índice de escolaridade do Brasil, isso porque nas sociedades atuais o acesso à educação além de princípio constitucional é também uma realidade fática. Porém, esse acesso ao conhecimento não é unânime, de modo que ainda existem pessoas, sobretudo aquelas em situação de extrema pobreza que não tem acesso ao conhecimento e consequentemente não detém conhecimento básico para realização da automedicação (SANTOS; ALBURQUERQUE; GUEDES, 2022).
Neste aspecto, a relevância do papel do farmacêutico na farmácia de balcão precisa ser destacada, pois, a orientação ao usuário é fundamental para que interações medicamentosas ocorrem e ainda, estabeleça uma relação de confiança com este usuário que busca um MIP para tratamento de uma doença classificada como leve (SILVA; ALVIM, 2020).
A facilidade que um indivíduo possui para adquirir um MIP’s em um balcão de uma farmácia ou drogaria é o que torna essa ação perigosa, pois, este mesmo indivíduo pode não conhecer os riscos dessa determinada medicação e consequentemente se tornar passivo a qualquer intercorrência relacionada a medicação seja ela uma reação alérgica, dependência ao medicamento, intoxicação ou interação entre um e outro, resistência ao fármaco presente no mesmo, posologia inadequada, estagnada ou agravamento no seu caso clínico.
Assim, o profissional de farmácia no sistema de saúde é um profissional qualificado para identificar, corrigir e reduzir os problemas relacionados ao tratamento e desempenha um papel importante na promoção do uso racional de medicamentos, pois desenvolve o acompanhamento dos tratamentos medicamentosos de forma sistemática, com a capacidade de avaliar a finalidade das necessidades do usuário e garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
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OS RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO E A NECESSIDADE DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA NO USO DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO – ISSN 1678-0817 Qualis B2.pdf
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