Published August 29, 2011 | Version v1
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Os estudos sobre as limitações do folclore e o alcance da cultura popular tradicional em Cuba.

  • 1. Hebei International Studies University

Description

Os diferentes discursos sobre a reivindicação de valores culturais nacionais
e regionais diante da invasão crescente de mensagens estrangeirizantes, por
intermédio das multinacionais da informação manipuladora, têm mobilizado
diversos estudiosos na América Latina e do Caribe para questionar as bases
etimológicas de termos e conceitos provenientes de outras latitudes para
adequá-los a uma realidade em constante mudança. Isto é, para inseri-los no
tronco das repúblicas de Nossa América, tal como propunha José Martí no seu texto histórico.
Um desses discursos foi a discussão sobre se o campo disciplinar dedicado
ao estudo das tradições populares devia ou não continuar denominando-se folclore e sua necessária substituição por uma categoria mais operativa e próxima da realidade da América Latina e do Caribe.
No caso de Cuba, autores de reconhecido prestígio, como Carolina Poncet
y de Cárdenas (1879-1969), Fernando Ortiz (1881-1969)2 e José Luciano
Franco (1891-1989), para dar alguns exemplos, haviam utilizados o termo folclore na sua acepção positiva, como referente para o estudo e divulgação de diferentes aspectos das tradições populares de Cuba. Esse termo se manteve posteriormente em outros autores conhecidos, como María Teresa Linares (1920-), Rogelio Agustín Martínez Furé (1937-) e Miguel Barnet (1940-), entre outros, os quais contribuíram com importantes reflexões sobre o valor patrimonial do folclore e como fator substantivo da identidade nacional.

Notes

En Estudos Avançados, (Dossiê Cuba) volumen 25, no. 72, USP, maio/agosto 2011:117-130

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