Published December 30, 2020 | Version v1
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Contribuição para o estudo da mineralogia do plutonito de Vila Nova, Centro de Portugal: micas

Description

O plutonito granítico de Vila Nova, de 542+0,8 Ma, aflora na região centro de Portugal, possui grão médio, duas micas, é peraluminoso, contém grande quantidade de encraves sobremicáceos, na maioria milimétricos, mas alguns maiores e que possuem andaluzite, silimanite e Zn-hercinite. O plutão provocou auréola de corneanas.  Apresenta-se afectado por intensa deformação dúctil e frágil e muito meteorizado. As micas do granitoide e dos encraves são classificadas como micas da série da biotite e como moscovites. As micas da série da biotite dos encraves possuem mais Fe3+, Fe2+, Li, M, Rb, Cl e OH e menos SiO2, Al2O3, VIAl, K, I, F e XMg do as do granitoide, mas a moscovite possui composição semelhante. As biotites são relíquias metastáveis, tendo cristalizado a pressões características da crusta média. Os encraves são restitos do protólito que originou o magma granitoide e equilibram-se a temperaturas da ordem de 700-760 ºC. As moscovites são primárias/magmáticas e secundárias, sendo as primárias significativamente mais ricas em paragonite, VIAl, tAl, Na e mais pobres em celadonite, Fe, Mg e M. A presença e B, F, Rb, Li, Cs no magma permitiu a cristalização da moscovite magmática. A moscovite secundária mais rica em Si (apfu) e componentes octaédricos cristalizou mais tardiamente, mas a pressão mais elevada, durante a deformação dúctil varisca, que afetou o granitoide.

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5 - Silva e Reis (2020) manuscrito final 29 nov 2020.pdf

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