TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E A HABILIDADE DE LOCOMOÇÃO: UM ESTUDO DE CASO
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- 1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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INTRODUÇÃO: A criança com Transtorno do Espectro Autista – TEA – apresenta atrasos na coordenação motora fina e no desenvolvimento para as habilidades do dia-a-dia. A avaliação do progresso e do desenvolvimento das habilidades percepto-motoras pode ser realizada através da observação dos movimentos do sujeito. Conhecer o estágio motor da criança, torna-se importante para intervenções adequadas, objetivando minimizar déficits comuns do TEA. A Psicomotricidade Relacional – PR - é uma vertente educacional da Psicomotricidade que objetiva desenvolver a autonomia do aprendiz por intermédio da ação do brincar espontâneo durante o jogo simbólico. Os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil – CAPSi, são espaços de atendimento da área da saúde pública municipal, que atendem o público infanto-juvenil junto ao Estratégia Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (NASF). OBJETIVO: Descrever a habilidade motora – locomoção – de uma criança com TEA em sessões de PR num programa de ações integradas da UFRN no CAPSi. METODOLOGIA: Estudo de caso descritivo de uma criança com TEA, com 5 anos de idade cronológica, que participou de um programa com 10 sessões de PR, com uma (1) hora de duração, uma (1) vez por semana, no CAPSi de Natal. Este estudo é um desdobramento do projeto de pesquisa do Programa de Mestrado em Educação Física da UFRN, denominado “Efeitos De Sessões De Psicomotricidade Relacional Sobre O Perfil Das Habilidades Motoras E Controle Postural Em Individuo Com Transtorno Do Espectro Autista”, com o código 1.131.835 de acordo com a resolução Nº 466/12 aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFRN. Utilizou-se uma câmera fotográfica Sony W-35 para análise de imagens estáticas e relatórios individuais. RESULTADOS: Em todas as sessões houve a presença das seguintes habilidades motoras básicas de locomoção: a corrida (com as pontas dos pés); os saltitos e saltos (em degrau), subir e descer uma rampa em marcha ou em corrida. As imagens permitiram observar características comportamentais estereotípicas nas habilidades de locomoção da criança com TEA analisada, como exemplo, a corrida cujo contato de apoio podal com o solo se dá apenas ao nível do ante pé, mesmo com baixa aceleração do movimento translatório do corpo no espaço. CONCLUSÃO: A criança se encontra na fase fundamental, estágio elementar, segundo modelo teórico desenvolvimentista clássico da ampulheta. Apesar da imaturidade percepto-motora da locomoção da criança, pôde-se perceber no decorrer das sessões uma evolução da execução das habilidades locomotoras por intermédio de uma estimulação psicomotora relacional, não diretiva e espontânea, com controle motor melhor adaptada acerca das estereotipias relatadas nas imagens estáticas.
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