PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL COLABORA NA CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO AFETIVA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Creators
- 1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Description
INTRODUÇÃO: O Transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno global do desenvolvimento que causa problemas sérios em três áreas do desenvolvimento: comunicação, relações afetivas e sociais e a imaginação. A Psicomotricidade Relacional (PR) é uma vertente educacional da Psicomotricidade que utiliza o brincar espontâneo, o jogo simbólico, tendo como um dos elementos principais para isso, o uso de objetos transicionais, como bola, bastão, tecido, bambolê, entre outros. As sessões de PR objetivam promover a autonomia por intermédio da ação do brincar, onde a interação da criança com os seus pares, os professores e os materiais é fundametal nesse processo. Os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil – CAPSi, são espaços de atendimento da área da saúde pública municipal, que atendem o público infanto-juvenil junto ao Estratégia Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (NASF). Crianças e adolescentes com transtornos constituem um público alvo destes espaços, contudo existe uma carência de modelos de intervenção em educação física, baseados em evidências e adequados para estes locais. OBJETIVO: Identificar se a psicomotricidade relacional melhora a relação afetiva-social em crianças com transtorno do espectro autista MÉTODOS: Este estudo se caracteriza como descritivo e transversal, de cunho qualitativo, realizado por meio de um estudo de série de casos. Durante o primeiro semestre de 2017, foram realizadas quatorze (14) sessões de Psicomotricidade Relacional (PR), sendo uma sessão semanal (i.e., às terças-feiras), com duração de sessenta (60) minutos. Participaram das sessões de PR 08 crianças de ambos os sexos com diagnóstico de TEA, idades entre sete (7) e dez (10) anos (8,37±1,11). Para descrição desse estudo, escolhemos a sessão na qual foi utilizado o objeto transicional “tecido”. Para de coleta de dados utilizamos os seguintes instrumentos: uma câmera fotográfica Sony W-35 para coletar imagens estáticas, além do relatório reflexivo preenchido pelo professor, uma semana após a sessão. A análise das imagens estáticas (fotografias) possibilita o exercício de codificação e decodificação simbólica, enquanto o relatório reflexivo permite a reverberação das impressões do observador participante em discussão com a literatura vigente sobre o tema. Tal ação aconteceu no CAPSi de Natal/RN, dentro do projeto de ações integradas “Psicomotricidade nos CAPS” do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. RESULTADOS: Foi observado através das imagens estáticas e do relatório reflexivo que as crianças apresentaram um comportamento atípico para crianças com espectro autista (normalmente isoladas). A maioria as crianças demonstraram cooperação para construírem juntas espaços simbólicos com os tecidos, como abrigos, por exemplo. Além da construção coletiva, brincaram de faz-de-conta, interagiram entre si e se disponibilizam corporalmente, estabelecendo comunicação autêntica com os professores, tanto verbal, quanto não verbal. CONCLUSÃO: Crianças com TEA participantes da sessão “tecido” apresentaram melhoria na interação afetivo-social por intermédio da intervenção psicomotora relacional.
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