Número de mamógrafos no Brasil: Quantidade suficiente?

Resumo 

Objetivo: Este artigo apresenta um estudo quantitativo relacionado distribuição de mamógrafos e mamografias, com o objetivo de contribuir para a discussão sobre o planejamento e aquisição de equipamentos para detecção de câncer de mama, considerando demandas reais da população no Distrito Federal e demais Unidades da Federação.

Materiais e métodos: Utilização de uma metodologia de revisão de literatura chamado TEMAC (Teoria do Enfoque Meta Analítico Consolidado) de Mariano & Rocha (2017), utilizando bases de dados como Web of Science e Google Scholar. A partir disso, foi feito um levantamento de dados para cálculos estatísticos em bases de dados como INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e SISMAMA (Sistema de Informação do Câncer de Mama), no período de 2018 e utilizando outras duas metodologias de análise, fazendo uma comparação sobre seus resultados. 

Resultados: Foi possível verificar a partir das duas metodologias que o Brasil possui mamógrafos mais que suficientes para atender a demanda populacional, porém o número de mamografias realizadas no ano de 2018 foi muito inferior aos 70% de cobertura estimados, atingindo apenas 25,9%. Além disso, a capacidade utilizada dos mamógrafos em todos os Estados foi inferior a 25% de sua capacidade máxima.

Conclusão: Observa-se a necessidade de uma melhor distribuição dos equipamentos e de sua capacidade, além da inserção de políticas públicas para divulgação da importância do exame de mamografia, com o objetivo de aumentar a realização do mesmo.