A experimentação em Asger Jorn e Herberto Helder: poéticas de combate no segundo pós-guerra.

Esta dissertação discute a experimentação e seus caminhos construídos por Asger Jorn e Herberto
Helder como um mecanismo de desgaste dos meios e das formas artísticas, um posicionamento
teórico-crítico sobre suas práticas, a arte, a poesia de uma forma geral e como posturas
avant-garde que não os vinculam a movimentos artístico-literários específicos. A
experimentação é, por outro lado, o que permite seus deslocamentos por entre movimentos e
vanguardas, principalmente, no segundo pós-guerra. Apesar de trazermos para a discussão
objetos de análises cujas práticas artístico-literárias seguem percursos paralelos, eles são
atravessados por estratégias composicionais correspondentes que geram descentramentos e
tensões, cada um à sua maneira, que confrontam suas próprias formas artística. Esse combate
não se refere à negação da arte, nem a afirmação do seu paradigma. Seu alvo é a possibilidade
de estagnação e monumentalização da arte e das suas formas gerada pela relação entre
extremos. Para isso, Asger Jorn e Herberto Helder constroem através da experimentação
lugares outros que serão abordados aqui.

This dissertation discusses the experimentation and its paths constructed by Asger Jorn and
Herberto Helder as a friccion mechanism of means and artistic forms, a theoretical-critical and
avant-garde position on their practices, art and poetry in general, that do not imprison them to
any specific artistic-literary movement. Experimentation, on the other hand, allows their
displacements between movements and vanguards, especially in the second post-war period.
Although we bring to the discussion analysis objects with parallel artistic-literary practices,
they pass through corresponding compositional strategies that generate decentralizations and
tensions, in their different ways, that confront their own artistic forms. This struggle does not
mean to deny art, nor assert its paradigm. It stands up to the possibility of the art and its forms
being stagnant and monumentalized due to the relation between extremes. For this, Asger Jorn
and Herberto Helder build through experimentation other places that will be addressed here.