Análise comparada de desempenho do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (SIPEC) nas principais capacidades do Índice Integrado de Governança e Gestão Públicas (iGG 2018, 2021) relacionadas à Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas (PNDP)

a) Por que fizemos a análise?

>> O iGG (índice integrado de governança e gestão) mensura a maturidade das organizações da União a partir do seu desempenho em práticas de: governança pública; gestão de pessoas; gestão de TI; gestão de contratações; gestão de orçamento.
>> O iGG 2018 revela um desempenho muito crítico em Governança e Gestão de Pessoas.
>> Intervimos em duas capacidades sensíveis de composição desse índice em pessoas. O iGG evoluiu.
>> Quanto dessa evolução corresponde ao desempenho do SIPEC? Como estamos em comparação aos demais Poderes?

b) Como fizemos a análise?

Harmonização de base de dados (diretas do TCU); extração recortada dupla de dados; estruturação de clusters; aplicação de cálculo definido de indicadores  (comando direto da base de dados); classificação de maturidade; contraste de mobilidade; vinculação normativa dos resultados.

c) Os dados referem-se a quem?

>> Organizações do SIPEC submetidas ao PDP = SIPEC ≅ 183
>> Organizações do Legislativo =  LEG = 3
>> Organizações do Judiciário = JUD = 66
>> Organizações da Função Essencial à Justiça = FEJ ≅6

d) Os dados referem-se a que período?

A coleta de dados do iGG 2018 ocorreu de 04/06/2018 a 03/08/2018. 
A coleta de dados do iGG 2021 ocorreu de 03/05/2021 a 25/06/2021.

e) Os dados são confiáveis?

O iGG é mensurado por meio de lista de autoverificação pela organização e cada resposta tem sua confiabilidade submetida à comprovação por meio de "ações  ou documentos altamente verificáveis e auditáveis, e exigido o preenchimento de texto livre indicando as evidências auditáveis para o item de verificação"; com dois  procedimentos comprobatórios adicionais para "reduzir a probabilidade de superestimação de autoavaliação".

A consistência, confiabilidade e representatividade dos dados estão garantidas pela qualidade estatística dos dados:
"I) Coeficiente Alfa de Cronbach: 0,968 em 2018 / 0,976 em 2021; com 95% de certeza, indicando excelente confiabilidade interna do questionário, tendo em vista a variância das respostas da amostra, sendo 0,70 o mínimo requerido,  admitindo-se até 0,6 no caso de pesquisas exploratórias (HAIR ET. AL., 2009, p. 96);
II) Teste de esfericidade da amostra de Bartlett: 0 em 2018 / 0 em 2021;
indicando que a amostra é adequada, pois avalia a significância geral de todas as correlações em uma matriz de correlação, sendo requeridos valores de p menores que  0,05 (HAIR ET. AL., 2009, p. 102,110);
III) Medida da adequação da amostra: 0,931 em 2018 / 0,933 em 2021; também denominada Kaiser-MeyerOlkin (KMO-MSA), indicando que a amostra é adequada, pois calcula a adequação para cada variável individual e para toda a matriz  de correlação, objetivando avaliar quão adequada é extração de componentes principais à situação estudada, sendo considerados medianos os valores entre 0,70 e 080 e  admiráveis os valores acima de 0,80 (HAIR ET. AL., 2009, p. 110).
- TCU, 2021"

f) Há ressalvas quanto ao uso dos resultados?

O TCU desencoraja o uso exclusivo da nota do iGG e o ranqueamento entre organizações não comparáveis - evitando competições com cautela. Atendemos a recomendação do TCU, pois
I) analisamos o iGG em confronto com outros subindicadores, buscando compreender a mobilidade entre esses resultados e identificar pontos de atenção para  melhoria da capacidade de governar e gerir pessoas no âmbito da PNDP; obs: O uso comparado de médias entre os indicadores da União é feito pelo TCU no  relatório do iGG 2021: TC 011.574/2021-6, Fiscalização 104/2021.
II) ranqueamos não organizações isoladas, mas clusters de Poderes para compreender como o SIPEC está em termos de resultados absolutos frente a outros  grupos da República e, para compreender como sua mobilidade interna de resultados acompanha/desacompanha/supera movimento dos demais grupos da  República; obs: A comparação de médias entre Poderes é feita pelo TCU no relatório do iGG 2018: TC 015.268/2018-7.