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AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DO EXTRATO DA PALHA DE ESPIGAS DO MILHO DA VARIEDADE PALHA ROXA COMO INDICADOR NATURAL ÁCIDO-BASE

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Ao longo da história, formularam-se teorias para explicar os conceitos de ácido e base. No ensino de Química, a classificação mais difundida é atribuída a Arrhenius. Nela, ácidos são substâncias que em meio aquoso produzem íons H+ e bases OH-. A concentração de H+ pode ser expressa como pH (0 a 14). Além de equipamentos, existem substâncias que revelam, por meio de reações, o caráter ácido-base de um composto, indicadores de pH, podendo ser sintéticos ou naturais. Das substâncias naturais (colorações variam com o pH), podem-se citar as antocianinas, presentes em flores, folhas, frutos, caules e sementes. Essas substâncias são responsáveis pelas cores rosa, vermelha, roxa; azul e preta. A utilização da palha de milho para a produção de indicador de pH se enquadrar nos princípios da Química Verde, pois aproveita um resíduo agrícola, reduz a dependência de matérias-primas não renováveis e minimiza os impactos ambientais associados. Para a produção do extrato da palha de milho, utilizou-se água destilada como solvente. As antocianinas foram identificadas através da reação reversível em papel e da espectrofotometria UV-vis. O extrato aquoso, de fácil obtenção, apresentou bons resultados em relação às cores observadas na escala de pH.

 

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