Energia Renovável Centralizada e Minerais de Transição Energética - paradoxos entre os negócios de energia e os direitos humanos de povos e comunidades tradicionais do Brasil

A congruência entre diferentes esferas da sociedade, possibilitará ampliar o debate para além dos aspectos técnicos-tecnológicos, ao mesmo tempo que as decisões sobre os projetos de energia antes de ser implantados demonstrem critérios e mecanismos de evitar, de compensar justamente e de resolução de problemas em médio e longo prazos, para que as escolhas por modelos de geração de energias renováveis apresentem convergência entre as especificidades do funcionamento da natureza e o respeito pelo modo de viver, de produzir, de permitir que pessoas, territórios, biomas, ecossistemas tenha o direito à vida.
É bem verdade que o momento atual está muito confuso, verdades e mentiras são construídas com a mesma intensidade, mas este é um convite para uma leitura sem julgamentos preconceituosos. Acreditamos que a ciência que está em tudo que compõe a sociedade moderna de modo direto ou indireto só consegue avançar quando reconhece os conhecimentos ancestrais, os conhecimentos locais e as demandas que visem contribuir diretamente para a qualidade de vida da humanidade. Desse modo, este é nosso compromisso. E a transição energética que se faz necessária e urgente exigirá este compromisso também. Logo, ninguém poderá se esquecer de que será necessário o empenho individual para que a defesa à vida, à natureza e às pessoas, independentemente de qualquer coisa, sejam ações que garantam que as gerações futuras possam ter os seus direitos assegurados ao se tratar de um ambiente equilibrado e de acesso aos bens comuns.