Centros Tecnológicos Especializados: Espaços, mobiliário, material didático e tecnologia
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Este documento é a 2.ª versão do “Estudo preliminar de espaços, mobiliário, materiais e tecnologia para as componentes de formação científica, técnica e sociocultural dos cursos profissionais” lançado em agosto de 2022, e visa novamente apoiar as escolas na preparação de candidaturas à medida PRR - Centros Tecnológicos Especializados (CTE), Investimento RE-C06-i01: Modernização da oferta e dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional.
Esta nova versão resultou de uma reflexão dos autores após a) visitas a escolas profissionais e espaços de aprendizagem de referência, b) reuniões com empresas ligadas às áreas do Digital e da Informática, c) visitas a empresas de material didático e tecnologias, e d) reuniões com professores e peritos de diferentes áreas.
O documento apresenta 5 conceitos de Estúdios de Aprendizagem – 1) Estúdio TEC (para as disciplinas da componente de formação tecnológica); 2) Estúdio Sociocultural (para a componente de formação sociocultural); 3) Estúdio STEM (para as disciplinas da componente científica e TIC); 4) Estúdio de Inovação e Desenvolvimento Curricular (IDC – para trabalho de uma equipa multidisciplinar de inovação e desenvolvimento curricular) e; 5) Estúdio 4C (Criação, Colaboração, [Pensamento] Crítico e Criativo - para trabalho de projeto de alunos, individual ou em grupo) – destinados a dar resposta às atividades letivas das componentes sociocultural e científica de TODOS os cursos profissionais, assim como à componente técnica dos cursos da Área de Educação e Formação de Ciências Informáticas. Alguns destes estúdios foram integrados por escolas que, na fase 1 de candidaturas, que encerrou a 31 de agosto de 2022, concorreram a CTE Industriais e de Informática e viram estas serem aprovadas.
As propostas apresentadas foram motivadas pela ausência de conceitos atuais coerentes de espaços de aprendizagem integrados com mobiliário, material didático e tecnologia, alinhados com uma metodologia pedagógica e um processo de desenvolvimento curricular e profissional intencionais. Estas resultam de mais de uma década de experiência na conceção, implementação e uso em contexto da educação em ciências, matemática e tecnologia, em particular o modelo de laboratórios escolares implementado nas primeiras fases do plano de modernização de escolas da Parque Escolar EPE (Fernandes, 2017), as Salas de Estudo Aprender Mais das Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola e a Academia STEM de Mangualde (Ribeiro et al., 2021). Assim, à semelhança da versão 1, este documento é oferecido a todas as escolas, tendo por objetivo ajudá-las a preparar a candidatura a financiamento de CTE e a desenvolver uma visão de longo prazo para estes espaços. Tem por base os critérios de seleção identificados no Aviso de Abertura de Concurso e dá resposta aos pontos 4.1 – projeto de investimento em equipamentos e infraestruturas, 4.2 – capacidade técnica instalada e 4.3 – mobiliário educativo.
De forma gratuita, os autores estão disponíveis para, até ao fecho da 2.ª fase de candidaturas (29 de abril de 2023), apresentar o conceito e partilhar com as escolas uma estimativa orçamental detalhada, que inclui equipamentos, mobiliário, tecnologia e obras de adaptação-tipo, bem como elaborar plantas de espaços e modelação 3D adequadas a cada contexto. Os autores acreditam que este trabalho foi decisivo para aprovação das candidaturas apoiadas na 1.ª fase.
As propostas apresentadas carecem, claro, de um projeto de execução adequado ao contexto de cada escola, devendo ser analisadas tendo esse aspeto em consideração. Neste sentido, após a aprovação de candidatura, os autores poderão apoiar a escola no desenvolvimento deste projeto, bem como desenhar um programa de desenvolvimento profissional docente e, em articulação com os municípios, ajudar a desenhar candidaturas a Programas Intermunicipais de Promoção do Sucesso Educativo, previstos para os Programas Regionais do Portugal 2030, para a criação de uma Academia CTE. Estas Academias pretendem ser o próximo passo após a modernização da infraestrutura, tornando possível aos municípios assumir um papel de catalisadores de inovação educativa, em articulação com as escolas e centros de formação de professores, contratando e apoiando equipas multidisciplinares especializadas, estabelecendo parcerias locais relevantes e incentivando o desenvolvimento curricular autêntico, transformador do território.
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