As faces da medicalização em saúde mental: autonomia ou controle?
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Esse estudo objetiva discutir a medicalização a partir da análise dos sentidos produzidos nos discursos de pacientes internados em unidades hospitalares de saúde mental. Pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. Foram incluídos 25 pacientes internados na unidade de saúde mental de três hospitais pertencentes à 8ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul, com idades entre 18 e 60 anos. Observou-se que os sintomas dos transtornos mentais levam à interdição do sujeito, limitando sua autonomia e seu convívio social. As narrativas demonstram que a vontade de ser aceito, reconhecido como sujeito e reinserido socialmente, motiva a adesão, aceitação ou submissão aos psicofármacos. Assim, a utilização dos psicofármacos é nutrida na justificativa de controlar os comportamentos considerados socialmente inadequados. Contudo, a prescrição desconsidera a singularidade do sujeito, que não parece implicado ou sendo protagonista ao longo desse processo. Na verdade, assiste-se a uma suplantação do desejo de ser aceito e reinserido na sociedade.
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Dates
- Issued
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2024