HDB e a pesquisa em história: reflexões sobre teoria e prática
Eric Brasil
Já parou pra pensar nos documentos digitalizados?
- Como o processo de digitalização afeta sua pesquisa?
- Seus dados digitai são acessados, lidos e trabalhados emulando práticas analógicas?
os métodos de pesquisa digital criam demandas novas e às vezes mais rigorosas de precisão, pensamento metodológico, auto-organização e colaboração do que a pesquisa histórica tradicional" (FRIDLUND; OIVA; PAJU, 2020, pos. 543)
E as interfaces gráficas (GUI)?
- Difícil avaliar precisamente o que você está pesquisando, acessando e quais as escolhas técnicas e teóricas por trás dos resultados mostrados na tela.
- Quão representativos são no conjunto de dados?
- Elas restringem suas perguntas ou abrem possibilidades de novas?
Literacia Arquivística Digital
"A literacia arquivística digital requer a compreensão de como a produção de arquivos digitais se baseia em designs técnicos que influenciam a sua usabilidade. Isso significa que (todos) os historiadores precisam adquirir competência digital em um nível profissional paralelo às habilidades que temos em compreender como a classificação e categorização de fontes afetam nossa interação com arquivos analógicos e moldam nossas questões de pesquisa. (JENSEN, 2021, p. 6)"
a) categorias e etiquetas predefinidas;
b) pesquisa por campos e organização de resultados;
c) metadados.
Difusão da HDB nas pesquisas em história
- Acesso aos periódicos remotamente
- Salvar imagens
- Busca por palavras
Mas e as citações?
Sem padrão e sem transparência
O caso dos papers da Anpuh
Pesquisa realizada por Ana Carolina Veloso, bolsista PIBIC / FAPESB.
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Padrões de utilização dos termos vínculados à HDB nas citações encontradas
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Mas a interface gráfica da HDB gera impactos epistemológicos?
- Parâmetros de busca
- Padrão de resultados
- OCR, XML, Metadados?
Como enfrentar esses desafios?
Registro de procedimentos metodológicos?
- Rigor da documentação e registro de todas as etapas da pesquisa;
- Transparência metodológica completa;
- Avaliação crítica das decisões técnicas e políticas imiscuídas nas interfaces e acervos.
Para onde podemos avançar?
- Potencial de pesquisas com técnicas de DH: distant reading, NLP, NER
- Transparência e abertura de códigos e decisões
- Financiamento público
- Diálogo e trabalho interdisciplinar.
Seremos, então, todos programadores?
Bibliografia
[História digital: reflexões a partir da Hemeroteca Digital Brasileira e do uso de CAQDAS na reelaboração da pesquisa histórica. Revista Estudos Históricos, v. 33, n. 69, p. 196–219, jan. 2020.] (https://doi.org/10.1590/S2178-14942020000100011)
Eric Brasil
Curso de Licenciatura em História
Instituto de Humanidades e Letras do campus dos Malês, Unilab
Laboratório de Humanidades Digitais da UFBA